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Jardim
Antero de Quental

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O jardim Antero de Quental, espaço público cujo nome consubstancia uma homenagem ao poeta e pensador micaelense homónimo (1842-1891), situa-se na cidade de Ponta Delgada, na ilha açoriana de S. Miguel.

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O seu desenho em “meia-lua” resulta da solução idealizada pelo Engenheiro Francisco Xavier Vaz Pacheco de Castro, com pormenorização pelo pintor Artur Viçoso May, para o conjunto que integra a avenida Gaspar Frutuoso, artéria aberta na década de 30 do século XX, no âmbito do processo de renovação do tecido urbano e consequente ocupação das zonas nobres de Ponta Delgada.

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O desenvolvimento em linhas curvas do jardim Antero de Quental, cujos passeios empedrados, de fundo negro e desenho branco, são uma das marcas identitárias das vilas e cidades açorianas, condiciona o olhar de quem o visita, fazendo-o convergir para o seu elemento mais destacado, o monumento erigido a Antero de Quental.

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A síntese lapidar que desse destacado vulto da Geração de 70 fez o seu companheiro e amigo Oliveira Martins — É um poeta que sente, mas é um raciocínio que pensa. Pensa o que sente; sente o que pensa — encontra eco no projeto concebido, em 1942, pelo escultor micaelense Ernesto Canto da Maia, apenas concluído na década de 90 do mesmo século, sob a orientação do escultor Soares Branco. Nessa transposição para a pedra do ethos de Antero, o busto do poeta surge ladeado por duas figuras alegóricas: a Filosofia e a Poesia.

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No jardim Antero de Quental, segundo afirma Isabel Albergaria, no seu precioso guia dos jardins e parques dos Açores, que nesta breve nota seguimos de perto, «o desenho dos “átrios” de entrada completa, com absoluta coerência de programa, os traços e linhas geométricas que deram forma aos passeios, muros e tanque. A execução é primorosa.» (p. 81)

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